domingo, 16 de novembro de 2008

E por quê e para quê ser voluntário?
De onde vem essa vontade, esse querer? Qual o objectivo numa sociedade de consumo e de lucro imediato? Por que razão algumas pessoas continuam a dispor desse tempo de entrega? Quem os formou para tal? Onde foram buscar tal sensibilidade e vontade? Quem é, em última instância, a escola dos voluntários? Escola informal dirão alguns, escola da vida, responderão outros. Família, bons exemplos, etc. serão outras de muitas respostas que poderemos ouvir numa coloquial conversa sobre esta matéria. E a escola? Prepara voluntários? Ou, antes, concorrentes?

São mais perguntas do que de respostas que queremos tratar num texto que pretendemos vir a desenvolver, quiçá, aqui, com outros contributos.E que ganham os voluntários? “Nada”, dirão os cépticos, “se ganham já não são voluntários”.
“Prazer, riqueza interior…”, dirão outros voluntarios. “Qualidade de vida” dirão os profissionais da saúde que chegam a recomendar o voluntariado como forma de vencer a angústia e a depressão...
Com o voluntariado aprendemos a ser empreendedores sociais. O voluntariado ensina-nos a valorizar o amor ausente e não apenas o amor presente, a desconstruir conceitos, banir preconceitos e construir novos conceitos e, portanto, construir novos referenciais nas nossas vidas.
Ser voluntário é saber compartilhar o que temos de mais precioso: amor, felicidade, sabedoria, conhecimento, tempo e humildade. O voluntariado, então, pressupõe o compartilhar, e não o descartar as sobras do cotidiano...
Voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não-remunerada, para causas de interesse social e comunitário.
No momento em que nos predispomos a compartilhar o que temos de melhor com as pessoas, é possível, então, dizer que somos voluntários.

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